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Ânima, mais que uma peça, UMA AULA!

  • Foto do escritor: Branca Andrade
    Branca Andrade
  • 6 de jun. de 2024
  • 6 min de leitura

Beth Zalcman, atriz à esquerda.

Professora Lúcia Helena Galvão, à direita.


O algoritmo do meu Instagram deve pensar que esta que vos fala é uma pessoa confusa. E, se ele pensa isso, nas reuniões de bits e bytes dele, a minha missão está sendo cumprida. Meu feed é recheado de perfis diversos, com pensamentos que confluem com os meus, pensamentos antagônicos, opiniões das mais variadas possíveis sobre os temas mais diversos imagináveis. Como jornalista acho que tenho por obrigação laboral ouvir vozes dissonantes. Não quero ouvir o que já sei, ou mesmo o que conversa com meu íntimo. O crescimento para mim vem do que distoa. Então, algoritmo do Instagram, você que lute para tentar me oferecer o que realmente me agrada.


Mas, em meio a tantas correntes de pensamento, esta lá, a filósofa Lúcia Helena Galvão. Essa sim, fala ao meu coração há um bom tempo. Por causa dela li Baghavagita, a primeira poesia do mundo, hindu, originalmente escrita em sânscrito, que retrata de forma resumida, através de um diálogo épico entre Krishna e Arjuna, a busca de nós pela nossa própria evolução e nosso encontro com Deus. Por causa dela, li, A voz do Silêncio, de Helena Blavatsky, me apaixonei pela filosofia e fui parar no Teatro Fashion Mall para assistir o monólogo da atriz Beth Zalcman, texto de Lucia Helena Galvão e direção de Luiz Antônio Rocha. Pronto! Estava selado o meu pacto com a descoberta de mim. Entrei na peça vendo o mundo de uma cor, saí enxergando longe, e põe longe nisso.


Eis que no último final de semana veio o convite: ir à nova peça, Ânima, terceiro texto da professora que acompanho à distância, para ver a mesma atriz encenando seis mulheres que mudaram o curso da história mundial, dentre elas, a que mais admiro, Joana D’Arc. Não bastasse o convite para assistir a peça, a professora estaria lá. Irrecusável!


Peguei minha “roupa de ir” na velocidade da luz, ganhei de titia Jaque, minha companhia nessas horas enriquecedoras (na verdade eu que acompanho ela, ela me carrega, confesso), o livro da peça anterior, com texto de Lúcia Helena, conquistei o autógrafo, entrei na plateia e sentei-me na cadeira em frente a professora para assistir a encenação da visão de uma mulher contemporânea, que tem a coragem de trazer uma mensagem dissonante e gentil ao mundo, sobre nossas ancestrais.


“ÂNIMA” é uma peça de teatro inspirada na frase da filósofa Delia Steinberg Guzmán: “Desde sempre e para sempre toda mulher tem parentesco com a primeira estrela brilhante que levou luz ao azul profundo do céu”. Lucia Helena buscou na diretora da Nova Acrópole, iniciativa filosófica que tem ganhado adeptos no aprendizado e na formação de seres humanos capazes de iluminar o mundo, a inspiração para contar a dor e a delícia de ser mulher que sai do lugar comum e revela um mundo superior. Todas as seis mulheres interpretadas no palco doaram suas vidas em momentos obscuros do mundo, mas todas elas tinham algo similar em suas almas, a esperança de que a luz irá prevalecer. Que primor esse texto e a mensagem desse espetáculo! Que alegria receber uma visão de mundo que diz que SIM, há esperança, basta acreditar. Nas palavras de Lúcia Helena Galvão, ao final do espetáculo, em uma enriquecedora roda de conversa: “Na história da humanidade há ciclos, as depressões desses altos e baixos nunca são iguais ou tão profundas quanto as anteriores, o que significa que hoje, por mais obscuro que seja o tempo, não é mais tão simples queimar uma pessoa em praça pública - apesar de haver outras formas de se queimar alguém que não seja tão literal. Entretanto, em cada tempo obscuro há em comum a existência de sonhadores e idealistas, que movem a sociedade e apontam o rumo para uma nova forma de existir. Daí surge a necessidade de que valorizemos os sonhadores e idealistas de cada geração, eles são a mudança necessária”. - disse ela.


Em meio a tantas discordâncias sociais, a filósofa ressalta ainda a importância de que cada indivíduo responda a si mesmo, “Quem és tu?”, só assim a verdade do ser será vivida ainda que não aceita ou praticada pela massa.


Ânima é mais que um espetáculo. É uma aula em cena, com luz, recursos sonoros, personificação. Como a peça não possui qualquer tipo de patrocínio, este site se compromete em divulgar como forma de amplificar a mensagem tão necessária para a evolução social.


Por Branca Andrade



Descrição do evento


“ÂNIMA”. Terceiro texto para teatro da filósofa Lúcia Helena Galvão, fala de mulheres por trás da história e tem estreia nacional no Rio de Janeiro no dia 31 de maio no Teatro Fashion Mall.


“ÂNIMA” é uma peça de teatro inspirada na frase da filósofa Delia Steinberg Guzmán: “Desde sempre e para sempre toda mulher tem parentesco com a primeira estrela brilhante que levou luz ao azul profundo do céu”.


É o terceiro texto para teatro da filósofa Lúcia Helena Galvão, estrelado por Beth Zalcman e com encenação de Luiz Antônio Rocha que repetem a mesma parceria do aclamado espetáculo: “Helena Blavatsky, a Voz Do Silêncio”, visto por mais de 50.000 pessoas por todo o Brasil. A nova produção estreará no dia 31 de maio de 2024, no Teatro Fashion Mall no Rio de Janeiro.


A peça entrelaça a existência e a história de mulheres idealistas que sacrificaram suas próprias vidas em prol de um ideal. Emissárias heroínas que deixaram suas marcas indeléveis nas linhas da história, são elas: a filósofa e matemática Hipátia de Alexandria, uma culta investigadora que foi vítima do fanatismo de seu tempo; Marguerite Porete, a grande pensadora e mística do século XII, que nos legou a bela obra “Espelho das almas simples e aniquiladas que permanecem somente na vontade e no desejo do amor”, obra esta que lhe rendeu uma condenação à morte na fogueira; a inesquecível guerreira e idealista Joana D’Arc, que também teve seu fim condenada à fogueira; a especial escritora Helena Blavatsky, duramente condenada por seus contemporâneos por sua ousadia e originalidade; a brilhante Harriet Tubman, escrava foragida que libertou da escravidão a muitos outros companheiros, tão sofridos quanto ela, em um idealismo também não desprovido de mística e, por fim, a corajosa e autêntica filósofa francesa Simone Weil, dotada de uma capacidade ímpar de ver simbolicamente a vida e aprofundar-se em seus segredos mais íntimos.


- "A coragem e a resistência à adversidade são características inerentes a muitas mulheres, especialmente quando o amor e a compaixão estão em jogo", comenta Lúcia Helena Galvão, autora da peça. - "Este é um belo 'arsenal' de habilidades femininas. Embora não pretendamos esgotar todo o potencial feminino com essa breve reflexão, queremos destacar o poder transformador que as mulheres trazem consigo. Elas preenchem muitos dos 'vazios' que tanto afligem a humanidade, e é fundamental reconhecer e valorizar suas contribuições."


ÂNIMA faz estreia nacional no Rio de Janeiro no Teatro Fashion Mall no dia 31 de maio e contará com a presença da autora que irá autografar alguns de seus livros antes da apresentação.


S I N O P S E


ÂNIMA é a história sobre mulheres que mudaram o curso da história da humanidade contada por uma tecelã. Ela entrelaça os fios da vida em busca de sua ancestralidade feminina dando voz a mulheres idealistas e pensadoras como: Joana d'Arc, Hipátia de Alexandria, Marguerite Porrete, Helena Blavatsky, Harriet Tubman e Simone Weil. Cada fio conta uma história, que escrito nas estrelas, ecoa através dos séculos. Os "fios da vida" são mais do que meras linhas emaranhadas, são o testemunho vivo que “Desde sempre e para sempre toda mulher tem parentesco com a primeira estrela que levou luz ao azul profundo do céu “.


F I C H A T É C N I C A


ARGUMENTO e TEXTO ORIGINAL: Lúcia Helena Galvão


INTERPRETAÇÃO: Beth Zalcman


ENCENAÇÂO: Luiz Antonio Rocha


PROJETO de LUZ: Ricardo Fujii


FIGURINO: Thanara Shornadie


FOTOS: Marcelo Estevão – Modus Focus


MÍDIAS SOCIAIS: Felipe Pirillo


VISAGISMO: Neandro


DIREÇÂO de PRODUÇÃO: Luiz Antônio Rocha


PRODUÇÃO EXECUTIVA: Zilene Vieira


REALIZAÇÃO: Espaço Cênico, Mímica em Trânsito e Teatro em Conserva


SERVIÇO

Duração: 60’

Recomendação: 12 anos

Gênero: Biográfico e filosófico

Estreia: dia 31 de maio de 2024

Temporada: até 30 de junho / sexta e sábado as 20:00h e domingo as 19:00h.

Ingressos: a partir de R$ 60,00

Vendas pelo site: Sympla

Teatro Fashion Mall 2 | 430 lugares

Endereço Estrada da Gavea 899, segundo piso, Teatro Fashion mall

 
 
 

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